Meados de 1830. Província de São Pedro. A miséria
causada pelas subsequentes guerras não encontrava o
auxílio do Império. Os impostos cobrados sobre o
charque, principal produto gaúcho, eram exorbitantes.
Já divididos pela Independência em
Conservadores e Liberais e indignados
com a inoperabilidade do Presidente da
Província, o ambiente tornou-se propício
a uma revolução. Foi então que Bento
Gonçalves, militar por excelência, já
consagrado nos campos de batalha,
percorreu o interior do Rio Grande do
Sul, a incentivar a revolução,
que acabou iniciando em 7 de setembro
daquele ano de 1835.
Entretanto foi somente
no dia 20 de setembro
que 200 homens de
cavalaria, sob o comando
de Onofre Pires da
Silveira Canto, partindo
de Pedras Brancas, atual
Guaíba, invadiram Porto
Alegre pela ponte da
Azenha. Recebidos com
aplausos pela população,
forçaram o Presidente a
fugir para Rio Grande.
Foi o início da
Revolução Farroupilha.
Em 11/09/1836, após derrotar as tropas de Silva Tavares, Antônio Souza Neto proclamou a República Rio-Grandense. No dia 20, aniversário de primeiro ano da revolução, a Câmara de Jaguarão, sob a presidência de Manuel Gonçalves da Silva, aderiu à proclamação.
Após
os altos e baixos da revolução, começaram as negociações de paz.
Canabarro declarou à Luis Alves de Lima e Silva que somente haveria paz
honrosa, ou iriam ajustar as contas em campo raso, até que não houvesse
mais sangue nas veias do último republicano.
Porém, Duque de Caxias tomou conhecimento da ameaça externa à integridade Nacional, o ditador argentino Rosas, que tinha interesse em proclamar a revolução.
Enviando seus emissários com o fim de oferecer forças para combater o Império, Rosas obteve como resposta a mais patriótica declaração de "brasilidade" da Revolução Farroupilha:
-"Senhor" -
respondeu o farrapo - "o primeiro de vossos homens que transpuser a
fronteira fornecerá o sangue com que assinaremos a paz com os
Imperiais. Acima de nosso amor à República está o nosso brio de
brasileiros. Quisemos ontem a separação de nossa pátria; hoje,
almejamos a sua integridade. Vossos homens, se ousarem invadir nosso
País, encontrarão, ombro a ombro,os republicanos de Piratini e os
monarquistas do Sr. Dom Pedro II".
O Tratado de Paz ocorreu em Ponche Verde (Dom Pedrito, onde hoje se encontra um marco chamado de Obelisco da Paz) em 1º de março de 1845, pondo honroso fim a, na citação de Ferreira Filho, "mais importante das guerras civis sul-americanas pela sua longa duração, pela beleza de seus ideais e pelo valor de seus campeões".
Fonte: André Luis Scheibler Filho
Porém, Duque de Caxias tomou conhecimento da ameaça externa à integridade Nacional, o ditador argentino Rosas, que tinha interesse em proclamar a revolução.
Enviando seus emissários com o fim de oferecer forças para combater o Império, Rosas obteve como resposta a mais patriótica declaração de "brasilidade" da Revolução Farroupilha:
O Tratado de Paz ocorreu em Ponche Verde (Dom Pedrito, onde hoje se encontra um marco chamado de Obelisco da Paz) em 1º de março de 1845, pondo honroso fim a, na citação de Ferreira Filho, "mais importante das guerras civis sul-americanas pela sua longa duração, pela beleza de seus ideais e pelo valor de seus campeões".
Fonte: André Luis Scheibler Filho
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